quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Queimada Viva

SINOPSE
Autor: SouadQuando o amor antes do casamento é sinónimo de morte.
Souad tinha dezassete anos e estava apaixonada. Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá-la com gasolina e chegar-lhe fogo. Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre. No hospital, para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la.
Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o "atentado" à honra da sua família é um "crime" que ainda não prescreveu.
Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres.
Fonte: http://www.wook.pt/

A Minha Leitura

Em determinado momento, começaram a surgir nas prateleiras imensos livros sobre temáticas similares à que trata este livro! Sou um pouco avessa a este tipo de coisa, quando começo a ver muitos livros a tratar do mesmo assunto, torço o nariz e soa-me logo a vender livros "apenas" para fazer dinheiro.Combatendo esta aversão inicial, acabei por comprar este!
Na minha opinião é um livro sofrido, um testemunho desnudado e cruel de uma realidade que custa a crer que ainda exista. Começa com uma inocente história de amor, atravessa a ignorância e a prepotência dos homens, a submissão das mulheres e o horror a que pode chegar a condição humana. Imprevisível do princípio ao fim.
Fala também do melhor que tem a humanidade, a amizade supreendente que pode surgir entre pessoas e do que um desconhecido pode fazer por nós.

Mesmo depois de estar livre num país europeu, Souad luta contra os fantasmas do passado e pressente o medo em todos os rostos desconhecidos que se cruzam no seu caminho.

Para homens e mulheres uma grande lição de que nem sempre as tradições são para se cumprir!

Recomendo.

Até já,
ACE